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O que os pais preferem em relação às características do programa de intervenções para os pais?

O que os pais preferem em relação às características do programa de intervenções para os pais?

Carolina Gonzalez. Chile

Odesenvolvimento de intervenções parentais baseadas em evidências envolveu a oferta de diferentes formatos e características para adaptar esses programas às necessidades dos pais. Entretanto, ainda não sabemos como combinar os programas com as necessidades e preferências dos pais. Para preencher essa lacuna, este estudo teve como objetivo identificar os perfis das preferências dos pais em relação aos formatos de entrega e às características dos programas de intervenções para pais. Esse estudo utilizou uma amostra comunitária de pais da International Parenting Survey.

Realizamos análises de agrupamento em duas etapas para determinar os agrupamentos das preferências dos pais em relação aos formatos de apresentação e aos recursos do programa desses programas. Em termos de formatos de apresentação, identificamos dois grupos, ou seja, pais que preferiam formatos presenciais e pais que preferiam formatos baseados em mídia. Houve diferenças significativas entre os grupos em algumas variáveis demográficas, da criança e dos pais. De modo geral, os pais que preferiam formatos presenciais relataram muito mais preocupações com o ajuste emocional e comportamental de seus filhos e eram menos consistentes em sua disciplina, tinham um relacionamento pior com seus filhos e se sentiam mais angustiados e menos confiantes em sua criação, em comparação com os pais que preferiam formatos baseados em mídia.

Com relação aos recursos do programa, surgiram dois grupos. Assim, um grupo de pais preferiu recursos personalizados, enquanto o outro grupo de pais preferiu programas que abordassem quaisquer barreiras logísticas. Os dois grupos também apresentaram diferenças significativas em algumas variáveis demográficas, dos filhos e dos pais. Os pais que buscavam recursos personalizados apresentavam maiores preocupações com relação ao ajuste de seus filhos e à sua própria educação, especialmente a inconsistência na disciplina, o uso de coerção parental, menos confiança em sua educação e mais sofrimento psicológico, quando comparados ao grupo de pais que preferiam programas que abordavam barreiras logísticas.

Concluindo, as preferências dos pais precisam ser levadas em conta ao oferecer programas para pais em nível comunitário. É particularmente importante entender melhor a percepção dos pais sobre o ajuste emocional e comportamental de seus filhos e como eles percebem sua própria criação.

Referência

Gonzalez, C., Morawska, A., & Haslam, D. M. (2023). Profiles of parents’ preferences for delivery formats and program features of parenting interventions. Child Psychiatry & Human Development, 54, 770–785. https://doi.org/10.1007/s10578-021-01284-6

Contato: mcgonzalezu@gmail.com

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